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sexta-feira, 26 de outubro de 2018

“Meu corpo é revolução”

Minha incrível experiência como militante e jornalista

Sim, eu sei, estou a muito tempo longe do nosso Black Pensante, aconteceram muitas coisas, não se preocupem foram felizes, consegui um emprego porém não me dediquei ao blog como deveria, mas não para por aí também consegui realizar meu sonho de fazer um curso superior em jornalismo, que é minha paixão, acabou ficando mais complicado devido a correria entre trabalho e estudo, mas confiem eu nunca esquecerei meu Black, sempre tenho ele em mente querendo fazer vários projetos.

Foram feitos vários pirulitos com mulheres que lutaram por nossos direitos
 Hoje eu vim contar um pouco da minha experiência na manifestação do dia 20 de novembro que se concentrou no centro do Rio, um ato principalmente a favor da democracia e contra o fascismo que cresceu de maneira absurda. Enfim vou contar como foi ser militante e jornalista, estou perplexa com a polarização nessa eleição,com todo discurso de ódio e os preconceitos sendo lançados sobre todos nós, mas quando voltei ao Rio ( passei um bocado da minhas férias em minas) queria muito participar de alguma manifestação, logo que voltei a aula na matéria de fundamentos do jornalismo havia trabalho jornalístico, uma reportagem com tema livre, perfeito, no mesmo instante não imaginei outra pauta a não ser política, então fui como militante junto de mulheres que já lutam para garantir nossos direitos e agora lutam fortemente contra o avanço do fascismo e também tinha meu lado de jornalista cobrindo o ato, levando a nossa luta mesmo que sendo em um trabalho acadêmico.

Mulheres negras a frente levando a facha

 Eu precisava muito estar aqui e compartilhar com vocês minha emoção de ter levantado os meus punhos e gritando alto pelos nossos direitos, não só entrevistei mas participei seja segurando a bandeira durante todo o ato com os dizeres "por direitos, pela democracia, pela vida das mulheres" .
Não e só por opinião, e por caráter que estamos indo a luta, estamos lutando também pela vida daqueles que nos opõe.
Independente do resultado das eleições eu vou continuar lutando, mesmo que ainda fique mais complicado. 
 


 Por que meu corpo e negro, 
negro e a cor da luta. Meu corpo é revolução.


quinta-feira, 15 de março de 2018

A Liberdade de Poder

Sentindo na pele a importância do empoderamento negro e sua manifestação no meu dia a dia


    Ao longo do meu processo de autoconhecimento pessoal e também como mulher negra, venho me aprofundando meus conhecimentos com tudo que venho vendo. Vou empoderando meus pensamento e minhas criticas e avaliando toda e qualquer manifestação que seja de maneira opressora em relação minha negritude.

Estou conhecendo como e ser empoderada na ''pele''

   Aos poucos fui valorizando meus cabelos crespos e após colocar minhas tão desejadas tranças percebi uma pressão por manter meu cabelo sempre muito arrumado e impecável, não que estivesse realmente desarrumado, mas por aparentar ser legitimamente negro.
   Foi aí que vi de perto a importância do empoderamento, que se empoderar e dar poder e ter esse poder de não ter medo de ser livre e expressar a realidade de quem realmente é.
''Eu digo o que a liberdade significa para mim; não ter medo''Nina Simone
  Vou dar a vocês um exemplo que me emocionou muito e que me fez repensar e reafirmar minhas opiniões.Esse exemplo vem de Djamila Ribeiro em umas de suas postagens na rede social.

Foto de seu instagram @djamilaribeiro

''Foto de 2016.Adoro ela. A raiz dos meus cabelos está a mostra, assim como alguns cabelos brancos.
Eu gosto de mostrar o que para muitas é feio ou desleixo.Existe uma pressão para refazer as tranças assim que os primeiros cabelos teimam em ficar visíveis, só seguindo a natureza do fluxo. Eu não cedo.Não sou uma boneca ou plástica e tampouco me envergonho dos meus cabelos crespos.Essa foto era para uma revista e fui refazer  as tranças.Quando me perguntam se eu vou refazer por conta da raiz, eu respondo: qual o problema em aparecer? São só meus cabelos.''💓






''Empoderamento e ter consciência de sua ação e saber quando você age mudam coisas que estão no âmbito coletivo'' Nataly Neri

 Pode parecer que não, mas essas pequenas opressões fazem algumas diferenças em nossas vidas e atitudes de modo negativo .Meu posicionamento foi de questionar e não acatar as pressões para ter um visual que agradasse  e assim pude enxergar a manipulação que as vezes vem em forma sutil como um elogio, mas acaba nos deslocando de nossa verdade, fazendo que rejeitemos aquilo que nos pertence. Vamos então entender que empoderamento e feito dia-dia saindo de um indivíduo e influenciando quem está a sua volta. Então temos um coletivo empoderado que permite a cada um ter a sua liberdade.






terça-feira, 6 de dezembro de 2016

Escurecendo os Fatos

Hoje o assunto e um pouco sério, vou falar sobre racismo, claro que como blogueira de movimento negro o combate ao mesmo é o principal assunto, mas o post em especial vai explicar realmente o que é,e como ele se manifesta, e eu Lu Mello (a bonita da foto ao lado) em meu processo de identificação racial em que vocês têm acompanhado, estou notando o racismo no meu cotidiano.
Então quando falo em racismo não estou falando em preconceito, que e ofender diretamente a alguém de forma discriminatória, o racismo engloba este fato, mas é quase imperceptível a olhos acostumados com a igualdade maquiada no Brasil.
Vamos escurecer os fatos, o racismo e uma ESTRUTURA, isto vem desde aquela famosa época que os negros eram vistos apenas como uma mercadoria, então essa tal estrutura se formou desvalorizando o negro como cidadão, a sociedade crescendo nesta estrutura se organizou inibindo o negro das oportunidades de emprego, estudo entre outros, que até hoje é velado, não se admite, pregam tal igualdade pela miscigenação que é algo totalmente contraditório, pois esta tão orgulhosa miscigenação exaltada pelos brancos também é mais uma histórica prova do racismo no Brasil.
Siiiiiim o Brasil é um país racista e se porta de maneira sínica, por ainda não reconhecer a participação dos negros na construção do país, por marginalizar o povo preto, por não reconhecer que e se precisa de muita política racial por uma verdadeira igualdade de oportunidades.Isso e muitas outras maneiras descaradas e ao mesmo tempo mascaradas maneiras de ser racista.
O fato mais triste e incompreensível são as tentativas de impedir a voz de todos nós que fazemos parte de movimentos negros em busca de igualdade, afirmando que estamos exagerando, que somos vitimistas. Triste não?!!
Esse e apenas o começo de uma grande discussão que trarei a tona novamente de uma forma mais clara com mais exemplos enquanto pregarem esta ilusão de igualdade racial, e essa uma das informações mais importantes nesta busca.